Intertextualidade: mito de Pandora

INTERTEXTUALIDADE acontece quando um texto existente é retomado ou recriado (de modo explícito ou implícito) em um novo texto. Por isso, também é considerada uma espécie de diálogo (com obras pré-existentes).

Quando a intertextualidade é implícita, conhecer previamente o texto “de origem” é a única maneira de percebê-la. Nesta imagem, podemos notar algumas referências:
 
1) Mito de Pandora. “Segundo a mitologia da Grécia antiga, Pandora foi a primeira mulher da Terra. Sua história começa com Prometeu, que roubou o fogo dos deuses e o deu aos homens. Isso enfureceu Zeus, o rei dos deuses, que resolveu punir os homens. Zeus ordenou a Hefesto, deus do fogo e dos artesãos, que criasse Pandora. Depois, cada deus propiciou uma dádiva a ela. Afrodite, a deusa do amor, deu-lhe a beleza. Zeus, então, enviou Pandora à Terra. Lá, ela encontrou um jarro misterioso, mais conhecido como caixa de Pandora. Embora advertida para não abrir o jarro, ela foi tomada pela curiosidade. Segundo a lenda, assim que Pandora levantou o tampo, todos os tipos de males saíram voando. Ela tampou o jarro de novo, mas seu gesto foi inútil, pois os males e as doenças já haviam se espalhado pelo mundo. A única coisa que restou no jarro foi a esperança.” (Fonte: https://escola.britannica.com.br/artigo/Pandora/482155)
 
2) Também há uma alusão aos “vloggers” e ao “unboxing”, anglicismo que descreve o ato de desembalar um produto (geralmente para mostrar ao público).
 
A graça do meme vem do fato de que, no caso de Pandora, abrir a caixa significa liberar todos os males. Percebe que não seria possível entender o meme sem conhecer o mito da caixa de Pandora ou o conceito de “unboxing”?
 
Eu adoro falar sobre intertextualidade e estou preparando uma aula bem completa sobre esse assunto que vai pro canal em breve! Se ainda não se inscreveu, faça isso acessando www.youtube.com/portugueselegal.

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