Estava assistindo a umas aulas do nosso curso quando me ouvi dizer as duas frases do título.
Quer aprender onde colocar a dita-cuja? Comece entendendo algumas coisinhas:
• Vírgula não é pausa para respiração. Eu sei que muita gente aprendeu assim e que, vez ou outra, até acerta usando essa “tática”. Mas, em geral, a gramática normativa tem dicas mais “universais”, digamos assim. Roda por aí uma piadinha sobre como asmáticos e nadadores pontuariam os textos, caso isso fosse verdade. Mas não é!
• Vírgula pode ser algo subjetivo às vezes. Não estou dizendo pra ouvir seu coração e “sentir” se deve usar vírgula ou não. Estou dizendo que a presença e a ausência desse sinal podem interferir sutilmente (ou fortemente) em sentidos e sonoridades, o que torna as coisas um pouco menos objetivas.
• Fazemos pausas na fala que não correspondem a vírgulas na escrita, como em “A melhor pessoa que eu conheço (pausa dramática sem vírgula) é minha mãe”.
• Usamos vírgulas obrigatórias na escrita em contextos nos quais não há pausas na fala, como em “Oi, professora!”.
Vírgula é um assunto longo e muito, muito, muito legal! Ninguém vai aprender tudo em cinco minutos, então esse assunto ainda continua e vai longe. Se você mantiver essas dicas iniciais em mente, acredite: vai ficar mais fácil.